Em resposta aos requentes ataques aos direitos dos trabalhadores, promovidos pelo Governo Temer, centrais sindicais de todo o país organizam para esta sexta-feira (10) um dia nacional de paralisações, o Dia do Basta. Na pauta nacional estão a defesa do emprego, dos direitos trabalhistas e da soberania nacional. A Adunioeste, na última Assembleia Geral Extraordinária (1º de agosto), deliberou pela adesão ao movimento, com ampliação da pauta e através de programações nos campi da universidade.
No campus Cascavel, será realizado um ato no grande auditório da universidade, às 9h, onde será debatido o tema: "A Conjuntura Nacional e a Precarização da Educação Brasileira: da BNCC à Reforma do Ensino Médio". Participarão como debatedores: Marta Soligo da APP Sindicato; Elcir Zen do Sinteoeste; Armelindo Rosa do MST; Marijane Zanotto da Adunioeste; e Claudia Pagnoncelli do Siprovel.
Em Toledo, em uma roda de conversa e chimarrão será debatido o tema "Conjuntura Atual e Desafios para Nossa Organização". O evento está programado para às 10h, no corredor do campus onde acontece a feira agroecológica. Caso haja sol, o debate será no gramado.
No campus de Francisco Beltrão também haverá roda de conversa, às 14h, no hall de entrada do bloco 1.
Em Foz do Iguaçu, no miniauditório do campus, a partir das 8h, será realizado um debate sobre a Base Nacional Comum Curricular: "A Reforma do Ensino Médio, a BNCC e os Impactos para a Educação Básica, Profissional e Superior". Entre os debatedores estarão: Silvana Souza da Unioeste; Silvio Borges, da APP-Sindicato; Marcos Augusto Moraes Arcoverde da Adunioeste; e Daniel Nedel da Unila.
No campus de Marechal Cândido Rondon,às 9h e às 19h30, no tribunal do júri, haverá debate sobre a Reforma do Ensino Médio, a BNCC, o Escola sem Partido, o Congelamento de Gastos Públicos e a Reforma Trabalhista. Além disso, a programação contará com intervenções artísticas e apresentação de teatro.
Somos 13,2 milhões de desempregados, mais que o dobro registrado em 2014; Mais de 27,7 milhões de pessoas estão desocupadas, subocupadas ou desalentadas. O tempo gasto para conseguir um novo emprego aumentou de 5 meses (em março de 2014) para 11 meses e meio (em março de 2018).
No governo Temer, com a nova política de preços da Petrobras, os aumentos foram superiores à inflação: o botijão de gás subiu 17,2%, a gasolina 31%, o etanol 22,6% e o diesel 14,3%. A partir de julho de 2017, os preços subiram 50,04% (gasolina) e 52,15% (diesel), 25 vezes a inflação do período.
A reforma trabalhista, aprovada no governo Temer, retirou direitos históricos da classe trabalhadora, gerou precarização do trabalho e o acesso à Justiça do Trabalho foi dificultado. Além disso, os sindicatos ficaram fragilizados com o fim do imposto sindical e sem forma alternativa de financiamento.
O governo Temer aprova leis para cortar investimentos públicos e atacar os servidores, como a lei do "teto dos gastos" e pacotes de ajustes fiscal. Com isso, os serviços públicos seguem sem recursos e enfrentam o caos. Por isso, não há dinheiro para a saúde, educação, saneamento e moradia.
A luta conseguiu impedir que Temer avançasse para colocar em votação a Reforma da Previdência antes das eleições. Mas esse brutal ataque não saiu dos planos dos poderosos. Os banqueiros seguem exigindo que o próximo governo, aprove essa medida
A crise social e a violência atingem os mais pobres e ainda mais os setores oprimidos, mulheres, negros(as) e LGBTs. Com a piora nas condições de vida e a revolta cada vez maior do povo, o governo Temer tenta se precaver, aumentando a repressão. É por isso, por exemplo, que vemos um verdadeiro genocídio nas periferias.
O déficit habitacional e a concentração fundiária no Brasil agravam cada vez mais a situação nas cidades e no campo. Aos movimentos popular e do campo só resta ir à luta e não à toa crescem as ocupações, retomadas de território etc..
O governo Temer mudou o regime de exploração do Pré-Sal, entregou áreas estratégicas de exploração às petrolíferas estrangeiras e reorientou a política de gestão e prelos da Petrobras, preparando sua privatização. Inúmeras empresas públicas têm sido privatizadas e agora é a Eletrobras que está na mira.
: A proposta do governo Temer de uma nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a reforma do Ensino Médio prevê uma série de medidas que privatizam, geram desemprego, evasão escolar, queda da qualidade e o desmonte completo da escola pública. Promove um verdadeiro apartheid socioeducacional e transforma jovens em massa de trabalho acrítica e apática. Ainda este mesmo governo anunciou no início de agosto o corte de 198 mil bolsas de estudos e interrupção de programas de cooperação internacional, inviabilizando pesquisa e extensão nas universidades.