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30 anos de 30 de agosto

Naquela data, em busca de melhores condições de trabalho, os professores deram início a uma passeata da Praça Rui Barbosa até o Centro Cívico. No entanto, na Praça Nossa Senhora da Salete, o grupo foi recebido por policiais militares que avançaram com cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os trabalhadores
30 de Agosto de 2018 às 00:00

Desde o dia 30 de agosto de 1988 os professores da rede pública estadual não deixam, um ano se quer, de lembrar do massacre que manchou a história do Paraná. Naquela data, em greve há 15 dias, em busca de um piso salarial de três salários mínimos e melhores condições de trabalho, os professores deram início a uma passeata da Praça Rui Barbosa até o Centro Cívico. No entanto, quando o grupo chegou à Praça Nossa Senhora da Salete foi recebido por policiais militares que avançaram com cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os trabalhadores.

Neste ano, o luto e a luta, em memória ao ataque covarde e violento contra mais de três mil professores, têm novos significados. É que, além de o episódio estar completando 30 anos, Alvaro Dias, o então governador que ordenou a ofensiva, desafia a memória do povo e busca o cargo de presidente da república. Para marcar a data uma grande mobilização terá início às 9h na Praça Santos Andrade, e seguirá em caminhada até a Praça Nossa Senhora da Salete. Trinta anos depois, os professores seguem em luta por melhores condições de trabalho, diante de recorrentes ataques do governo estadual à categoria. Por isso, além do fatídico dia 30 de agosto, estará na pauta da mobilização o pagamento da data-base, o cumprimento da lei da hora-atividade, revisão da distribuição de aulas, correção do salários dos PSS, anistia das faltas da greve e outras pautas centrais dos trabalhadores a educação da rede estadual.

Neste dia, nós docentes da UNIOESTE nos solidarizamos aos trabalhadores da rede estadual em defesa educação púbica, gratuita e por melhores condições de trabalhos.