Adunioeste | Notícias


Adunioeste se manifesta sobre morte de professora em escola de Curitiba e denuncia condições de trabalho na rede estadual

Em nota, sindicato cobra explicações da Secretaria de Educação e convoca mobilização por melhores condições de trabalho
31 de Maio de 2025 às 17:12

A ADUNIOESTE – Seção Sindical dos Docentes da Unioeste – divulgou neste sábado (31) uma nota pública em que manifesta solidariedade à família e aos colegas da professora Silvaneide Monteiro Andrade, que faleceu dentro do Colégio Estadual Jayme Canet, em Curitiba. Segundo relatos de docentes, a professora sofreu um infarto fulminante após ser chamada pela direção para prestar esclarecimentos sobre o não cumprimento de metas consideradas excessivas.

Na nota, a Adunioeste destaca que a morte de Silvaneide não deve ser tratada como um caso isolado, mas como reflexo direto das políticas educacionais implementadas pela Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR), sob gestão do governador Ratinho Jr. “É o sintoma da crueldade das políticas impostas pelo Governo do Paraná aos professores da rede estadual de ensino”, afirma o texto.

O sindicato também faz referência a outros episódios de adoecimento e sobrecarga, como o caso de um professor que, mesmo hospitalizado, teve que participar de curso de formação on-line devido à exigência de 100% de frequência e à não aceitação de atestados médicos. Além disso, menciona o aumento de casos de violência, desrespeito e assédio institucional enfrentados pelos educadores da rede estadual.

A nota reforça o repúdio do sindicato à “plataformização” e à intensificação do trabalho docente, e convoca a categoria a participar da audiência pública sobre o adoecimento de professores, que será realizada no dia 9 de junho, na Assembleia Legislativa do Paraná. A audiência é organizada por entidades e parlamentares ligados à defesa da educação pública.

“A Adunioeste se solidariza com essa ação e convoca a todos a se somarem a essa luta em memória à professora Silvaneide e em defesa de melhores condições de trabalho. Não há futuro que não passe pelas mãos de quem educa”, conclui o documento.