Na tarde desta terça-feira (10), o mini auditório II do Campus de Cascavel foi palco da 6ª e última assembleia docente do ano de 2024. O evento, que contou com a participação presencial de docentes e transmissão remota para os campi de Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu, teve como foco a análise do cenário do último ano e a discussão de estratégias de resistência e planejamento para 2025.

A assembleia começou com um importante relato da Assessoria Jurídica, que atualizou os presentes sobre as ações jurídicas em andamento. Entre os temas abordados, destaca-se o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (LGU), agendado para o dia 17 de fevereiro de 2025. O debate sobre a data-base, que foi interrompida em 12 de novembro, também foi relembrado, com dois votos já registrados: o Ministro Edson Fachin se posicionou a favor dos servidores, enquanto Gilmar Mendes manifestou-se contrário. O pedido de vistas do Ministro André Mendonça suspendeu o julgamento no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) por 90 dias, mantendo os docentes em expectativa sobre o desfecho.

A assessoria jurídica destacou a importância de os docentes, especialmente os que estão próximos da aposentadoria, manterem seu histórico funcional atualizado, incluindo questões de periculosidade e insalubridade. Orientou ainda que todos os professores busquem o apoio do Sindicato para a análise de casos individuais, prevenindo possíveis injustiças futuras.

Em um avanço positivo, foi informado que o projeto de lei do auxílio-alimentação, sancionado pelo governo do estado no dia 4 de dezembro, será pago em 13 de dezembro com retroatividade a outubro e com garantia de que não será suspenso em períodos de férias ou licenças.

Além das questões jurídicas, a assembleia recordou eventos significativos realizados pelo ANDES-SN, como o 15º Conad Extraordinário, que abordou a "Carreira Docente", e o III Congresso Mundial Contra o Neoliberalismo da Educação, que reuniu educadores em busca de fortalecê-la. Ademais, a Adunioeste, em conjunto com outras seções sindicais, entregou um manifesto aos deputados para denunciar a exclusão dos docentes temporários e assegurou que buscará judicializar a situação por meio do ANDES-SN, cobrando isonomia entre todos os membros da categoria.

Com o encerramento do ano, a assembleia reafirmou a importância da união e da mobilização dos docentes, traçando metas e estratégias para um 2025 de luta e conquistas.