Reunidos na tarde de ontem (25/10) o comando geral de greve da Unioeste realizou mais uma assembleia da categoria para tratar dos trâmites do Plano de Carreira Docente e avaliar a manutenção ou encerramento da greve.
Novamente foram resgatados, em um breve histórico, os pontos principais da luta pela recomposição salarial travada desde março deste ano e que lamentavelmente teve mais um episódio de desrespeito na última terça-feira (24/10), data prevista para o governo finalmente apresentar oficialmente o Plano de Carreira Docente. Desde a suspensão do movimento de greve, em junho deste ano, foram inúmeras reuniões com a Seti, Apiesp, visitas a todos os deputados na Alep e agendas com a Liderança do Governo para fazer avançar a proposta do Plano de Carreira Docente. Por diversas vezes nestas agendas houve a afirmação de que o plano seria apresentado oficialmente pelo Governo do Estado, inclusive com possibilidade de implantação imediata.
Conforme anunciado na semana passada, na tarde do dia 24/10, no Palácio Iguaçu, reuniram-se o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, o secretário da Administração e da Previdência (Seap), Elisandro Pires Frigo, e o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona e Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) para apresentação dos impactos da proposta do “novo” plano de carreira docente. Cumprindo decisão da nossa última assembleia, estivemos junto ao Comando Estadual de Greve acompanhando este processo.
Em mais uma cena lamentável do governo do estado, o plano não foi oficializado nem divulgado, a reunião foi interrompida. Muitos agentes do governo e reitores saíram pela porta dos fundos do Palácio do Iguaçu para não passar pelos membros do Comando Estadual de Greve que aguardavam na porta de entrada o fim da reunião. Nem a Seti e nem Apiesp retornaram para fornecer explicação oficial do ocorrido. Informações de bastidores, fornecidas por alguns reitores, apenas indicaram que o governo exigiu “mitigações” das universidades para poder avançar como o plano. Em nota, a Apiesp informou que “a Seti retomou o grupo de trabalho, formado pelas pró-reitorias de recursos humanos das universidades estaduais, para realização de um estudo técnico para indicar formas de absorver o impacto orçamentário da proposta. Está prevista para a próxima semana uma nova agenda entre o Governador, equipes das Secretarias envolvidas e Apiesp para fechamento da proposta”. Portanto, após 5 meses o governo do Paraná foi “incapaz” de produzir uma proposta concreta para o Plano de Carreira Docente, ou talvez tenhamos que dizer que o Governo do Paraná, em mais um evidente ato de desrespeito à categoria docente das universidades, não deseja e nunca desejou que o Plano de Carreira Docente avance.
Após avaliação deste quadro a categoria docente da Unioeste aprovou os seguintes encaminhamentos:
• Propor ao Comando Estadual de Greve a realização de assembleias simultâneas das universidades e com encaminhamento conjunto;
• Manutenção da suspensão da greve até a realização das assembleias simultâneas;
• Discussão de alternativas para continuidade da luta, tendo como opções: a) retomada imediata da greve e; b) paralisações progressivas.
Informamos que na manhã do dia 25/10 docentes da UEL deliberaram por retomada da greve para segunda-feira (30/10). Já na UENP, a decisão da categoria tomada ontem foi pela manutenção do “estado de greve”, com decisão sobre a retomada da greve em nova assembleia, que será realizada no dia 01/11. Estão previstas assembleias para dia 26/10 na UEM, dia 27/10 na Unespar e para 31/10 na UEPG.
Seguiremos firmes na luta pela defesa da recomposição das perdas salariais de nossa categoria!
Pela imediata apresentação e aprovação do Plano de Carreira Docente! Juntos somos mais fortes!
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