1.1 Avaliação geral da greve na Unio-este: O comando relatou que a greve está consolidada na Unioeste, tendo sido estabelecidos comitês locais de greve em quatro campus (Cascavel, Toledo, Marechal Candido Rondon e Foz do Iguaçu). No campus de Francisco Beltrão o comitê local está em formação. O comando de ética da greve recebeu centenas de solicitações de atividades essenciais nos campi e organizou documento geral de orientação já liberado em 12/05, antes mesmo da greve iniciar. Em todos os campi foram organizadas atividades de greve, as quais envolveram panfletagem, fixação de faixas e cartazes, fechamento de portões, notas a imprensa, rodas de conversas e atividades culturais. Foram inúmeras reportagens via diferentes veículos de comunicação que relataram o início da greve na Unioeste. Deputados federais, estaduais e vereadores manifestaram apoio à greve dos docentes das Universidades Estaduais. Outros sindicatos e agrupamentos políticos também manifestaram, via mídia ou documentos, o apoio irrestrito à greve docente. 1.2 Relato Greve por Campi: Um representante de cada campi apresentou as principais atividades desenvolvidas duran-te a primeira semana da greve. Em síntese, os comitês locais de greve organizaram as atividades de diálogos com estudantes, servidores e docentes, bem como, com a comunidade. Elaboraram documentos e solicitaram reuniões com políticos, religiosos e associações locais para buscar apoio ao movimento de greve. Realizaram a fixação de faixas, cartazes e panfletos informativos sobre a greve, bem como, organizaram reuniões para discussão da greve e esclarecimento aos colegas e estudantes.
1.3 A greve no Estado: A greve está consolidada nas sete Instituições de Ensino Superior (IES) do Paraná e o Comando Estadual de Greve foi estabelecido. Apresentamos o relato sobre os desdobramentos das diferentes reuniões do Comando Estadual de Greve, no qual nós temos representantes, com as lideranças políticas em Curitiba. O Comando Estadual de Greve esteve segunda (22/05) e terça-feira (23/05) o dia todo em reunião com deputados na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), na busca de consolidar apoios políticos para abrir um canal de diálogo junto ao governo do Estado. Uma das ações importantes nestes dias foi a reunião com o presidente da ALEP deputado Ademar Traiano, com a participação do deputado Romanelli, os quais ouviram as demandas da categoria, tanto em relação ao plano de carreira docente quanto a defasagem salarial. Neste contexto, houve um compromisso destes agentes políticos em construir o canal de diálogo com o governo. Estas ações têm resultado em apoio não somente da oposição, mas também tem aberto um canal com a base do governo que reconhece a intensa perda salarial da categoria.
1.4 Manifestação de Estudantes: Os estudantes acompanharam a assembleia docente, tendo inclusive espaço de fala. Os discentes do curso de História de Marechal Cândido Rondon relataram apoio à greve docente, bem como, decidiram deflagrar greve estudantil tento como pautas, a assistência estudantil, a melhora nos restaurantes universitários e a construção de moradia estudantil.
1.5 Agenda com Reitor: O comando comunicou que se reuniu com o reitor da Unioeste, o qual reconheceu a legitimidade do movimento e vai continuar via APIESP (Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público) e ações políticas a contribuir para a abertura de negociação. Nesta reunião o comando relatou que muitos docentes temporários vêm sofrendo diferentes tipos de pressão em seus espaços de trabalho, para não participar do movimento de greve. O Reitor, bem como, a pró-reitora de Recursos Humanos, deixaram claro que o direito de greve é legítimo e deve ser respeitado em todos os espaços da instituição, não sendo, por parte da instituição, incentivadas qualquer prática de intimidação ou coação destes docentes. O reitor ainda afirmou que continua na luta para destravar o nosso plano de carreira docente, que de fato está parado na Secretaria de Estado da Administração e da Previdência (SEAP). Por fim, mencionamos que alguns docentes têm usado de aulas remotas durante o período de greve. O reitor afirmou que não estão permitidas no âmbito da Unioeste qualquer tipo de atividade de ensino via remota, exceto nos casos previamente previstos no PPP de cada curso. O comando comunicou a assembleia docente, que já encaminhou pedido ao Reitor para que convoque o Conselho Universitário (COU), de forma extraordiná-ria, para a suspensão do calendário acadêmico. O reitor ainda não se manifestou.
1.6 Abertura de falas: Os docentes e estudantes tiveram a oportunidade de expressar sua percepção da greve e suas avaliações em relação ao movimento. De forma geral, os docentes avaliam a consolidação e ampliação do movimento em todos os campi da Unioeste. Os estudantes presentes também fizeram falas de apoio ao movimento de greve, incluindo os estudantes secundaristas do CEEP.
Após finalizados os diálogos, as propostas do Comando Geral de Greve da Unioeste foram encaminhadas e aprovadas por unanimidade estando a seguir listadas:
• Manutenção da greve por tempo indeterminado;
• Ampliar as estratégias para abertura de mesa de negociação entre as seções sindicais e o governo;
• Reunião do Comando Sindical Docente (CSD) com a APIESP para fortalecer a abertura efetiva de uma mesa de negociações com o governo;
• Construção de articulação do Comando de Greve com os movimentos sindicais e sociais nas 5 cidades com Campus da Unioeste (Cascavel, Toledo, Marechal Cândido Rondon, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão), em apoio à greve docente;
• Manutenção das ações de fortalecimento e divulgação do movimento grevista;
• Realização de um ato coletivo dos 5 campi da Unioeste no Calçadão da Avenida Brasil em Cascavel, dia 25/05;
• Proposição de ato em Curitiba na próxima semana, se possível com Audiência Pública.
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