Nesta quarta-feira (17/05/2023) membros do Comando Geral de Greve da Unioeste reuniram-se com o Reitor, Prof. Dr. Alexandre Weber, para abordar pontos relativos à greve da categoria. Estiveram em pauta, o direito à greve dos docentes temporários (PSS) e as negociações da reposição salarial e da minuta da carreira docente.

Relatou-se que o Comando Geral de Greve vem recebendo vários tipos de denúncias de intimidação ou coação em relação ao direito de greve dos docentes temporários, o que seus membros avaliam como muito grave. A assessoria jurídica da Adunioeste já elaborou documento jurídico no qual claramente foi apresentado os elementos que garantem o direito à greve destes docentes. Do mesmo modo, deve ser respeitado o direito à greve dos docentes em estágio probatório.  O Reitor, bem como, a Pró-reitora de Recursos Humanos (RH) Dra. Joseane Rodrigues da Silva Nobre, que também estava presente na reunião, afirmaram que respeitam o direito de greve de todo professor da UNIOESTE, seja ele efetivo ou temporário. O comando informou ao Reitor sobre uma cláusula contratual que impede o direito à greve dos professores temporários (PSS). O Reitor mostrou desconhecimento sobre a referida cláusula, afirmando que não partiu da reitoria nenhum tipo de constrangimento aos docentes. Além disso, o Reitor e a pró-reitora do RH deixaram claro que da parte da instituição não estão autorizados qualquer tipo de coação ou intimidação a estes docentes.

O reitor reconheceu a importância da luta pelo reajuste das perdas salariais, mencionou que vem fazendo aproximações e solicitações de abertura de possíveis negociações com membros do governo e da casa civil, embora ainda não exista qualquer sinalização positiva por parte do governo. Conforme afirma o Reitor a própria base governista reconhece que 5,79% é insuficiente como índice de reposição para a categoria.

Em relação a proposta de Minuta da Carreira-Docente, ele mencionou que ela está na SEAP, paralisada em sua tramitação, uma vez que este setor mostrou certa resistência ao seu atual formato. Deste modo, houve uma tentativa de propor uma reformulação da proposta inicial que possibilitasse sua implementação ao longo de três anos. O Reitor mencionou que a Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) continua atuando para que a minuta da carreira-docente possa ser aprovada e implantada o quanto antes. Entretanto, o Reitor mencionou que este encaminhamento não tem avançado junto ao governo do estado e espera que possa haver a abertura do diálogo, com o retorno do governador amanhã à Curitiba e mediante o cenário de paralisação das sete Instituições Estaduais de Ensino Superior Público do Paraná (IEES). O Reitor destacou a importância da busca por apoio constante da base do governo para que esse canal de comunicação seja estabelecido.

Abordou-se sobre eventuais aulas e avaliações que estejam ocorrendo de forma remota durante a greve. Neste aspecto, o Reitor afirmou que não estão autorizados o ensino remoto na universidade neste período nem na graduação e nem na pós-graduação, conforme estabelecido na resolução da instituição.

Por fim, o comando informou que a greve deve permanecer por tempo indeterminado da parte de todas as IEES até que um efetivo canal de diálogo ou negociação possa ser estabelecido com o governo do estado, a fim de chegar-se a mais célere resolução para conquistarmos uma reposição salarial digna e a aprovação imediata da Minuta da Carreira Docente.

CASCAVEL, 17 DE MAIO DE 2023.